Serra da Graciosa
Desta vez saí da Santa e bela Catarina e fui pedalar no Paraná. Oh, meu Brasil, como tu és lindo! Sempre digo que não existe lugar feio, o que há é falta de cuidado. A Serra da Graciosa me surpreendeu de tão encantadora e acolhedora que é!
Com a turma sempre animada do Floripa Bike Club, partimos de van na madrugada de 29 de outubro rumo ao Paraná. Dormi bastante durante a viagem. Fizemos uma parada para lanche antes de chegar à cidade histórica de Morretes. No sábado ensolarado e quente, o nosso pedal iniciou na frente da estação ferroviária. Senti um pouco de fraqueza por conta do calor, mas a temperatura amenizou a partir do começo da subida da Serra da Graciosa. Grande parte do trajeto é calçada de paralelepípedos, com muitas curvas sinuosas e rodeada de flores, montanhas e cachoeiras. Os paralelepípedos muito me lembraram da cidade de Joinville, onde nasci, pois esse tipo de pavimento era característica marcante nas ruas em minha infância e adolescência. Hoje não é mais assim, o asfalto entrou em seu lugar.





Eu me senti abraçada pela Mata Atlântica, de tão envolvente que ela é! Encantada por ver a natureza cuidada e preservada nessa região. Durante a pedalada paramos para hidratação, lanche, fotografia e filmagem. Afinal, o lugar nos convidava a apreciar a sua beleza o tempo todo! Comparando com a Serra do Rio do Rastro, considerei a subida mais fácil na Serra da Graciosa. Além disso, lá não é permitido o tráfego de caminhões e ônibus, o que ajudou a tornar o pedal mais tranquilo.

Alcançamos o Portal da Graciosa, que possui arquitetura das missões jesuítas e é considerado um dos cartões postais da região, onde lanchamos, relaxamos, papeamos e tiramos fotos. Na sequência, retornamos por outro caminho que nos levou à cidade de Quatro Barras, vizinha de Morretes. A chuva apareceu, interrompemos o passeio na metade do caminho da volta. E assim terminou a nossa aventura no Paraná com a alegria estampada em nossos rostos. Como na ida, dormi quase a viagem inteira no retorno à Florianópolis.

Ah, sim, desejo pedalar de novo na Serra da Graciosa! Porque muito mais gracioso foi percorrer o caminho cheio de encantos do que chegar ao destino! Obrigada, meu Deus, por me dar momentos graciosos de bike com amigos que são graças!
Resultado: 48,14 km de distância e 1.200 metros de ganho de elevação.
Organização: @fbc_experience @floripabikeclub
Transporte: @vinatturismo
OBS.: Não foi possível experimentar o barreado, famoso prato típico de Morretes preparado em panela de barro com pedaços de carne, vários temperos e farinha de mandioca. Mais um motivo para voltar à Serra da Graciosa!
Sabendo mais
A Estrada da Graciosa, antigo caminho dos tropeiros, é uma rota turística da rodovia PR-410 que liga Curitiba às cidades de Antonina e Morretes, no estado do Paraná.
Em 1993, parte do trecho da Serra do Mar foi declarada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Há dois importantes parques na região: o Parque Estadual da Graciosa e o Parque Estadual Roberto Ribas Lange. Ao longo da rodovia, existem sete recantos contendo estruturas de lazer aos visitantes: quiosques, lanchonetes, churrasqueiras, sanitários, mirantes. Os sete recantos são chamados de Vista Lacerda, Bela Vista, Rio Cascata, Grota Funda, Curva da Ferradura, Mãe Catira e São João da Graciosa.
Há viagem de trem entre Curitiba e Morretes, operada pela Serra Verde Express, que vale muito a pena fazer, pois passa por dentro da Serra do Mar. Já fiz isso anos atrás e recomendo!

Contatos do blog
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Luciana Vieira Visualizar tudo →
Blog que compartilha a minha alegria em pedalar. Evidente que não há só alegria, porque sabemos muito bem que o nosso país não valoriza os ciclistas. Melhor dizer: não pensa em todas as pessoas como os pedestres, os cadeirantes e os idosos. Além das experiências de minha vida como ciclista, este espaço trata sobre outros temas, mesmo não tendo relação com a bike. Dou um alerta: o fato de gostar de pedalar não significa que sou especialista nessa temática. Aqui são histórias, opiniões, relatos, o que vier da minha mente e eu julgar interessante de contar. Na primeira postagem deste blog, convido a ler sobre o motivo de se chamar Aquela que pedala. Quem escreve? Sou a Luciana Vieira, tenho deficiência auditiva e moro em Florianópolis/SC. Atuo como assistente administrativa em empresa federal de energia elétrica e, desde 2013, procuro usar a bicicleta para me deslocar ao trabalho. Comunicação Social com habilitação em Jornalismo é a minha formação acadêmica e não exerço a profissão. Sempre gostei de escrever e já tive o prazer de dar uma de escritora em blogs de amigos como o Máquina de Letras. Mais segura em escrever e expor no meio virtual, decidi ter o meu próprio cantinho. E assim Aquela que pedala vem a ser a varanda de meus escritos. Sugestões, opiniões, críticas? Escreva para o e-mail aquelaquepedala@gmail.com
Fantástica! Parabéns Lu!
Obrigada, Alberto, e vamos pedalando por aí!