Setembro de vitórias

Assim como em agosto, setembro foi um mês intenso com muitas alegrias e conquistas. Antes de ir à Serra do Rio do Rastro, o plano era pedalar em Alfredo Wagner, na região conhecida como Soldados Sebold. Nunca pedalei nesse lugar, mas desejava ir por causa das fotos, vídeos e relatos das pessoas que estiveram lá. Como a estrada é de terra, precisa ser em dia ensolarado e com menos barro no chão. Assim, esse passeio foi adiado duas vezes por causa das chuvas e só conseguimos realizá-lo em outubro (contarei em outra postagem).

Sempre quero voltar a pedalar na Serra do Rio do Rastro, lugar que mora no meu coração. Com força de vontade, treino e boa alimentação, todos podem encarar esse desafio. O que eu fiz antes disso? No dia 4 de setembro, pedalei com a galera do Floripa Bike Club no Sertão do Ribeirão, localizado no sul da ilha de Florianópolis. Domingo lindo de sol, precisei empurrar a bike em alguns trechos da estrada de terra. Resultado: 72,11 km e 573 metros de ganho de elevação.

Com Mi, Dai e Beto no Sertão do Ribeirão. Foto: @floripabikeclub

Uma semana depois, no dia 11, novamente com a turma animada do FBC pedalamos na região do aeroporto e no Morro da Cruz. A amiga Michele queria mais, pois precisava treinar para a SRR e os Soldados Sebold. Lá fomos nós duas ao bairro Santo Antônio de Lisboa, na região norte da ilha. Dia lindo e clima agradável, excelentes condições para um pedal longo. A Mi é uma parceira sensacional e admiro bastante essa menina guerreira! Em casa e felizona pelo desafio do dia, recebi mensagem do meu irmão informando que estava saindo de bike em Palhoça rumo ao Morro da Cruz, em Floripa. Eu me avaliei e não me sentia cansada. Ele só soube que eu ia também quando me viu antes da entrada do morro. Os irmãos Vieira pedalando juntos no Morro da Cruz pela primeira vez! Ai, que felicidade! Eu desejava aproveitar a companhia do Le! Terminei a empreitada com 101,07 km pedalados! Só Deus mesmo para me dar essa conquista e tornar o dia mais radiante ainda!

Pedal com Mi em Santo Antônio de Lisboa. Foto: @clele_biker
No Morro da Cruz com o meu amado irmão. Foto: Leandro Vieira

No dia 17, sábado, participei da ação do Floripa Bike Club em alusão ao Setembro Amarelo. Minha cor predileta: amar + elo = amarelo. Em prol da saúde emocional, foi um convite especial aos ciclistas que nunca subiram no Morro da Cruz. Fiquei muito feliz em ver a vitória deles! Continuei a pedalada indo ao aeroporto e no retorno subi novamente o MC. Quando estava quase chegando ao cume do morro e enfrentando o trecho da subida mais difícil, o qual chamamos de “suplício”, encontrei a Dai e a Mi descendo. As duas imediatamente voltaram para se juntar a mim e comemoramos as nossas conquistas do dia no topo do morro. Descemos juntas e terminamos o pedal com cerveja e assistindo a apresentação do Ballet Bolshoi e da banda Olodum no trapiche da beira-mar norte. Resultado: 58,84 km e 662 metros de ganho de elevação. No dia seguinte, domingo, eu, o Marcos, a Suely e a Josi pedalamos no Ribeirão da Ilha, região sul da cidade. Resultado: 60,87 km e 250 metros de ganho de elevação. Que fim de semana sensacional!

Setembro Amarelo no Morro da Cruz. Foto: @chele_biker
Pausa do pedal no domingo com Marcos, Josi e Suely.

Então, chegou o dia 24 de setembro! Estava preparada e animada para encarar a Serra do Rio do Rastro pela sexta vez! Havia um objetivo muito importante: desejava fechar o grupo e acompanhar os ciclistas que iam pela primeira vez. Ninguém atrás da Luluzinha! A Dai, organizadora do passeio, cuidou daqueles que seguiam à frente. Paulo, motorista da van, acompanhou todos nós oferecendo água e frutas a cada parada possível e incentivando com suas palavras de encorajamento. De todas as vezes que estive na SRR, foi o dia mais bonito, sem neblina e com clima agradável. Sarinha, Lena, Grazi e Gilmar tiveram desempenho excelente na SRR e enfrentaram a subida com muita garra! Curti cada instante ficando com eles e sendo testemunha ocular de suas conquistas. Como o dia estava esplêndido, eu e o Gilmar optamos por descer pedalando. Que sensação boa na descida! Precisamos parar em alguns trechos, pois um caminhão ia a nossa frente com cuidado. Não recomendo a ultrapassagem, pois a SRR é cheia de curvas e veículos de grande porte costumam pegar a pista contrária. Melhor esperar do que provocar um acidente!

Com Sarinha, Lena, Gilmar e Grazi na SRR. Foto: @vespaparazzi2020

Esse pedal teve um fato marcante: nove mulheres no grupo! Eu e a Dai éramos as únicas mulheres que já tínhamos pedalado na SRR. Foram onze homens e nove mulheres. Quando anunciou o passeio, a Dai ofereceu primeiro as vagas para elas. Afinal, queremos ver mais mulheres se desafiando no ciclismo, não é mesmo? Todas se saíram muito bem e nos deixaram orgulhosas. Além delas, um homem tem a minha admiração e se destaca no grupo. A história do Gilmar é incrível! Ele comprou uma bike em julho, entrou logo no grupo de ciclismo e não demorou a começar o seu primeiro pedal mais desafiador que foi em Urubici no mês de agosto, quando o conheci.  Depois disso, encarou o Sertão do Ribeirão, em Floripa. Subiu pela primeira vez no Morro da Cruz sozinho e já se desafiou na SRR em setembro! Por que a história dele é inspiradora? Era aquele que não pedalava nada.  Comparando a mim, demorei anos para ir ao Morro da Cruz e ao Sertão do Ribeirão, ambos em Floripa, em Urubici e na SRR. Ele fez tudo isso em apenas três meses! Parabéns, Gilmar!

Mulheres na SRR. Foto: @fbc_experience
História inspiradora! Parabéns, Gilmar! Foto: Luciana Vieira

Além das minhas, quantas vitórias presenciei dos outros ciclistas! Que privilégio que Deus me deu! Muitos aprendizados! Obrigada, Senhor!

Serra do Rio do Rastro no dia 24/09/2022

Organização: @fbc_experience @floripabikeclub

Transporte: @vinatturismo

Resultado do meu pedal: 50,46 km

Sabendo mais

A SRR fica na rodovia SC 390, localizada no município de Lauro Muller, possui altitude de 1.421 metros e mais de 200 curvas. Ela é imponente e apaixonante! Chegar ao topo dela, no município de Bom Jardim da Serra, não é o único prazer. Durante a subida, dá para pedalar contemplando as suas belezas ao redor. Então, o que me encanta mais é durante o caminho. Quando olho para baixo, desde que não haja nevoeiro, percebo o quanto já venci e sei que é possível ir adiante com Deus me dando coragem e força.

A partir desta postagem, apresento as vezes que fui à SRR de bike. Gosto tanto desse lugar que faço questão de registrar e relembrar cada momento vivido.

  1. 27/02/2016 – subi e desci – dia ensolarado e muito quente;
  2. 19/03/2016 – subi e desci – pedal noturno e teve chuva em alguns momentos;
  3. 29/01/2017 – subi e desci – nublado e clima agradável;
  4. 24/09/2017 – somente subi – muita neblina e chuva no final da subida;
  5. 02/04/2022 – somente subi – chuva e nevoeiro;
  6. 24/09/2022 – subi e desci – dia ensolarado, sem neblina e clima agradável.
Sexta vez na SRR! Ai, que felicidade! Foto: @vespaparazzi2020

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Instagram: @aquelaquepedala

E-mail: aquelaquepedala@gmail.com

Serra do Rio do Rastro

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Blog que compartilha a minha alegria em pedalar. Evidente que não há só alegria, porque sabemos muito bem que o nosso país não valoriza os ciclistas. Melhor dizer: não pensa em todas as pessoas como os pedestres, os cadeirantes e os idosos. Além das experiências de minha vida como ciclista, este espaço trata sobre outros temas, mesmo não tendo relação com a bike. Dou um alerta: o fato de gostar de pedalar não significa que sou especialista nessa temática. Aqui são histórias, opiniões, relatos, o que vier da minha mente e eu julgar interessante de contar. Na primeira postagem deste blog, convido a ler sobre o motivo de se chamar Aquela que pedala. Quem escreve? Sou a Luciana Vieira, tenho deficiência auditiva e moro em Florianópolis/SC. Atuo como assistente administrativa em empresa federal de energia elétrica e, desde 2013, procuro usar a bicicleta para me deslocar ao trabalho. Comunicação Social com habilitação em Jornalismo é a minha formação acadêmica e não exerço a profissão. Sempre gostei de escrever e já tive o prazer de dar uma de escritora em blogs de amigos como o Máquina de Letras. Mais segura em escrever e expor no meio virtual, decidi ter o meu próprio cantinho. E assim Aquela que pedala vem a ser a varanda de meus escritos. Sugestões, opiniões, críticas? Escreva para o e-mail aquelaquepedala@gmail.com

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