Saudade que dói
Hoje o blog está de aniversário. São quatro anos escrevendo sobre as minhas aventuras de bike e reflexões de vida. Fiz questão de estrear o meu site no dia de nascimento de meu pai. Completaria 79 anos de idade. Saudade dói muito. Ele gostava muito de cantar e ainda hoje ouço a sua bela voz. Além dele, escuto a do meu tio, irmão mais velho do pai que também partiu no ano passado. A gargalhada dele era tão boa! Alguns podem dizer que é zumbido, mas não me sinto incomodada. Tenho deficiência auditiva e talvez possua excelente memória de sons marcantes. Guardo doces lembranças dos dois cantando em coral da Igreja que frequentávamos em Joinville. Também fiz parte desse coro, mas prefiro ouvir a cantar.

Além do blog, comemoro o meu amor à vida de ciclista, principalmente por transformar a bike no principal meio de transporte para ir ao trabalho. Já são sete anos completados em 18 de fevereiro. Em abril do ano passado, fui entrevistada pela jornalista da CGT Eletrosul, onde sou empregada. Minha relação com a bicicleta ganhou espaço no informativo interno e virtual da empresa, de circulação semanal. Na pequena parte destinada ao tema envolvendo a vida pessoal do empregado, a jornalista Mariana Eli de Souza captou bem a essência do meu viver. Amei seu texto, suas fotos e ter sido entrevistada por causa da magrela!





Não há como deixar de associar o meu pai com a bike. Foi ele quem me ensinou a pedalar. Não lembro nem ele lembrava da primeira vez que consegui me equilibrar na bicicleta sem as rodinhas no pneu traseiro. A reportagem da empresa muito alegrou meu pai na época, assim como todas as minhas conquistas. Não existe nenhuma situação que ele não tenha me ajudado ou apoiado. Nunca disse “isso não é coisa de mulher”. Ele me ensinou a dirigir carro, trocar pneu (ui, já não me recordo mais como se faz, porque não tive a experiência com pneu furado do carro); ganhei dele um estojo de ferramentas que tenho até hoje. Como todo ser humano, não era perfeito, mas o ideal que recebi de Deus. Meu pai sempre foi a minha fonte de consulta quando não conhecia uma palavra ou queria saber mais sobre um assunto. Recentemente, ele apareceu em meu sonho. Éramos novos e estávamos conversando sobre os conceitos e as práticas de capitalismo, comunismo e socialismo. Sinto uma falta imensa de ver o seu sorriso e ganhar o seu abraço toda vez que vou à casa de minha mãe. São tantas histórias envolvendo o pai que dá para escrever um livro.

Você que lê o meu texto, não se preocupe. A saudade que dói vai passar. Deus sempre está comigo e trabalha em minha mente e em meu coração. A saudade que dói vai se transformar em belas lembranças e na esperança do reencontro no porvir. Até que Jesus venha, amém!

Sabendo mais:
Como vivemos uma situação atípica, recomendo acompanhar e saber mais sobre o coronavírus em sites oficiais como o do Ministério da Saúde e os dos órgãos públicos de sua cidade e de seu estado. Por favor, cuide-se, proteja-se e siga as recomendações de nossas autoridades. Lembre-se: quem está doente no hospital, gostaria de ir para casa. Então, vamos ficar em nosso lar. Antes de compartilhar uma mensagem nas redes sociais, verifique se é verdadeira por meio de sites como estes: boatos.org e e-farsas.com.
Luciana Vieira Visualizar tudo →
Blog que compartilha a minha alegria em pedalar. Evidente que não há só alegria, porque sabemos muito bem que o nosso país não valoriza os ciclistas. Melhor dizer: não pensa em todas as pessoas como os pedestres, os cadeirantes e os idosos. Além das experiências de minha vida como ciclista, este espaço trata sobre outros temas, mesmo não tendo relação com a bike. Dou um alerta: o fato de gostar de pedalar não significa que sou especialista nessa temática. Aqui são histórias, opiniões, relatos, o que vier da minha mente e eu julgar interessante de contar. Na primeira postagem deste blog, convido a ler sobre o motivo de se chamar Aquela que pedala. Quem escreve? Sou a Luciana Vieira, tenho deficiência auditiva e moro em Florianópolis/SC. Atuo como assistente administrativa em empresa federal de energia elétrica e, desde 2013, procuro usar a bicicleta para me deslocar ao trabalho. Comunicação Social com habilitação em Jornalismo é a minha formação acadêmica e não exerço a profissão. Sempre gostei de escrever e já tive o prazer de dar uma de escritora em blogs de amigos como o Máquina de Letras. Mais segura em escrever e expor no meio virtual, decidi ter o meu próprio cantinho. E assim Aquela que pedala vem a ser a varanda de meus escritos. Sugestões, opiniões, críticas? Escreva para o e-mail aquelaquepedala@gmail.com
Me fizeste chorar.
“A mãe vai chorar ao ler este texto”. Era o meu pensamento. Chorei várias vezes ao escrever, mas me fez bem pensar nele. Um homem tão bom!