Orleans

Mesmo sem conhecer Tubarão, Braço do Norte, São Ludgero, Orleans e Lauro Muller, cidades do sul de Santa Catarina por onde passei antes de chegar à Serra do Rio do Rastro, já as considerava belas durante a viagem. Gravatal é a única cidade que tive duas oportunidades de visitar e foi muito bom e relaxante de banhar-me em suas águas termais.

Então, tive o privilégio de conhecer o interior de Orleans de bicicleta no domingo de 14 de julho de 2019. O nome desse município foi dado pelo Conde d’Eu, Luiz Felipe Gastão de Orleans, casado com a Princesa Isabel Cristina, em lembrança à cidade francesa. Na madrugada desse dia, eu e meus amigos ciclistas partimos de van de Florianópolis rumo ao Hotel Real Nob, local de concentração do passeio ciclístico em Orleans. O dia estava nublado e a chuva apareceu durante a pedalada. Mesmo assim, curti cada pedaço do lugar, sendo que a maior parte do trajeto foi em estrada de terra. Oh, glória a Deus! Gosto tanto desse tipo de estrada! É muito emocionante e me sinto tão próxima da natureza. Gosto de estar na natureza em que haja menos intervenção humana. Quanto mais rústico, melhor! A pista apresentou boas condições de pedalar, com poucos buracos, e a chuva fina que caía durante o evento não me deixou atrapalhada. No final do passeio, tivemos um saboroso almoço. Pensei em retornar pedalando até o hotel, onde ficou a van, mas decidi não arriscar para não molhar muito os meus aparelhos auditivos. Além do aumento de chuva, estava frio. Não queria adoecer. Assim, eu e alguns amigos aguardamos o retorno da van no local do almoço. Registros do Strava: distância percorrida de 29,69 km com 684 metros ganhos de elevação, sendo que foi uma excelente oportunidade para quem iniciava no ciclismo.

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Diante do Rio Laranjeiras. Foto: Luciana Vieira
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Delícia de pedalar nesta estrada! Foto: Luciana Vieira
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A chuva dá o seu toque de beleza no lugar! Foto: Luciana Vieira

A vontade de ir outra vez a Orleans permanece e agradeço a Deus pelo privilégio de curtir novos lugares de bicicleta. Hoje ela é o veículo de transporte que mais permitiu de estar em regiões a serem contempladas pela sua beleza. Quando alguém me pergunta como conheci tal cidade, a minha resposta é quase sempre a mesma: de bike! Sempre me proporcionando tantas alegrias!

Sabendo mais:

No dia 2 de novembro de 2009, publiquei no blog de um amigo este texto que escrevi e compartilho aqui, em meu cantinho, convidando você a refletir sobre a sua vida:

Viver ou existir

Amar sem sentir amada
Ser amada e não amar
Amores que deixou escapar
Palavras não ditas
Sentimentos não expressados
Problemas não resolvidos
Atitudes não tomadas
Beleza não mostrada
Sonhos não realizados
Desejos repreendidos
Buscas não feitas
Defeitos não eliminados
Qualidades escondidas
Falhas não admitidas
Erros não corrigidos
Oportunidades perdidas
Conhecimentos não adquiridos
Ensinamentos não aprendidos
Lazeres não curtidos
Sons não ouvidos
Músicas não executadas
Mensagens não lidas
Imagens não vistas
Lugares não pisados
Coisas não tocadas
Lágrimas não derramadas
Dores não sentidas
Pessoa próxima sem importância
Vida sem viver
Apenas existência.

Nota: Pedalar me faz viver! Vamos “natalizar-se” todos os dias! Lembrar sempre o que Deus fez e faz por nós.

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Viver! Foto: Luciana Vieira

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Blog que compartilha a minha alegria em pedalar. Evidente que não há só alegria, porque sabemos muito bem que o nosso país não valoriza os ciclistas. Melhor dizer: não pensa em todas as pessoas como os pedestres, os cadeirantes e os idosos. Além das experiências de minha vida como ciclista, este espaço trata sobre outros temas, mesmo não tendo relação com a bike. Dou um alerta: o fato de gostar de pedalar não significa que sou especialista nessa temática. Aqui são histórias, opiniões, relatos, o que vier da minha mente e eu julgar interessante de contar. Na primeira postagem deste blog, convido a ler sobre o motivo de se chamar Aquela que pedala. Quem escreve? Sou a Luciana Vieira, tenho deficiência auditiva e moro em Florianópolis/SC. Atuo como assistente administrativa em empresa federal de energia elétrica e, desde 2013, procuro usar a bicicleta para me deslocar ao trabalho. Comunicação Social com habilitação em Jornalismo é a minha formação acadêmica e não exerço a profissão. Sempre gostei de escrever e já tive o prazer de dar uma de escritora em blogs de amigos como o Máquina de Letras. Mais segura em escrever e expor no meio virtual, decidi ter o meu próprio cantinho. E assim Aquela que pedala vem a ser a varanda de meus escritos. Sugestões, opiniões, críticas? Escreva para o e-mail aquelaquepedala@gmail.com

13 comentários Deixe um comentário

  1. Lindo Lu, mergulhei na sua história e me emocionei com o seu texto “Viver ou existir”. Obrigada e parabéns 😘

  2. Ah! Que vontade de sair pedalando junto com você! Mergulhei no seu relato e me senti naquela estrada linda, no pedal! Obrigada!!!

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